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quinta-feira, 17 de março de 2011

Masquerade - pt 10




                                     -  Parte 10  -


Depois de cair no sono Holly só acordou, com o grito histérico de Kate.
– Que forma de acordar...
– Holly, cadê a Julliet?
Holly bocejou e depois olhou pelos lados procurando a menininha.
– Ela não está dormindo lá em cima?
– Não. Não está aqui, nem no banheiro ou quarto ou cozinha ou quintal. Julliet não está aqui!
– Oh meu Deus...
– Você é muito idiota! Como deixa ela sumir?
– Eu estava dormindo!
– O que a gente faz? – Kate estava desesperada.
– Deixa eu me arrumar, daí eu procuro ela...
– Acha que tem tempo? Nossa irmã deve estar perdida!
Holly se levantou num pulo, já tirando o pijama, e correndo para escada.
Vestiu-se rapidamente e saiu de casa atrás de Julliet.
‘’ Mas porque ela sairia? Só quem tem motivos para sair de casa sou eu!’’ , pensou Holly.
Ela nem sabia por onde começar a busca. Havia muitos lugares, mesmo a cidade não sendo grande. Mas vieram alguns lugares mais prováveis.
‘’ Posso procurar naquele mercado que costumamos ir, ou na minha escola, ou no parquinho. Talvez o hospital... ’’, Holly sentiu pavor ao imaginar Julliet em um hospital.
Holly optou por ir à escola.
Era apavorante para quem tivesse que ficar presente na escola em sábados.
Holly entrou na recepção procurando pela recepcionista, Josey.
Ela era jovem, tinha cara de estudante. Era formosa e diferente, tinha olhos grandes, pele morena e cabelos ondulados, bem comportados.
– Holly, o que lhe traz a escola? – Disse docilmente.
– Queria saber se minha irmã está aqui.
– A pequena?
– Sim.
– Não. Não a vi andando por aqui. Mas se quiser ter certeza é melhor falar com algum inspetor. Eles vivem zanzando pela escola.
– Ah sim. Obrigada.
– De nada.

Holly viu que não havia outra escolha, tinha que perguntar ao inspetor sobre sua irmã. Ela iria perder muito tempo procurando.
A escola apesar de grande, tinha apenas três inspetores, que passavam de sala em sala vigiando as atividades escolares.
Mas hoje havia apenas um. Era o mesmo inspetor de quando estudava aqui.
Um velho carrancudo, grosso, com problemas de audição e extremamente feio.
– Com licença... Você viu alguma menininha de cinco anos andando por aqui?
– O que?
Holly repetiu a frase aumentando um pouco a voz.
– Você é muda? Só pode, não estou escutando nada!
Com raiva Holly soltou as palavras misturadas em um rosnado.
– Eu disse. O senhor viu alguma menina de cinco anos aqui!?
– Não tem nenhuma meia suja aqui. E se tivesse estaria no lixo.
– Velho burro, nojento e surdo!
– Quem você pensa que é pra me xingar?
– Isso você escuta, não é?  – Holly deu de costas e resolveu sair da escola, definitivamente Julliet não estava naquela droga de escola.

Postado por : Leticia Borges

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