Estávamos sentados no banco de madeira, enrolados em meio aos cobertores, tomando uma xícara de chá quente, sentia uma brisa fria, claro, era normal sentir frio nas manhãs de onde morávamos, ainda estava escuro, esperávamos o nascer do sol, como fazíamos todos os dias desde que havíamos nos casado.
Você estava radiante como sempre, esperando os primeiros raios de sol, como uma criança esperando para abrir seus presentes de natal, adorava ver a claridade tomando conta dos seus olhos, eles ficavam tão límpidos e brilhantes, eles se tornavam cor de violeta, e seu sorriso, a o seu sorriso, me enchia de paz.
Quando os primeiros raios de sol surgiam no horizonte, você me abraçava, podia sentir o calor dos seus braços enquanto mirava a infinidade de cores de alvorada, não conseguia imaginar algum dia da minha vida sem você ao meu lado, fitando o nascer do sol.
Assim que o sol já estava mais alto, e os pássaros cantavam, nos levantamos, juntamos as coisas e voltamos para dentro, estava frio como sempre, me sentei no sofá, esperando que você trouxesse os cobertores para que assistíssemos televisão, tínhamos muitos rituais diários, sempre fazíamos as mesma coisas durante a manhã, você chegou, sentou-se do meu lado, e cobriu-nos com os cobertores, ficamos assistindo os programas matinais por alguns minutos até que você me abraçou forte e disse:
_ “Você me promete uma coisa?”
Quando os primeiros raios de sol surgiam no horizonte, você me abraçava, podia sentir o calor dos seus braços enquanto mirava a infinidade de cores de alvorada, não conseguia imaginar algum dia da minha vida sem você ao meu lado, fitando o nascer do sol.
Assim que o sol já estava mais alto, e os pássaros cantavam, nos levantamos, juntamos as coisas e voltamos para dentro, estava frio como sempre, me sentei no sofá, esperando que você trouxesse os cobertores para que assistíssemos televisão, tínhamos muitos rituais diários, sempre fazíamos as mesma coisas durante a manhã, você chegou, sentou-se do meu lado, e cobriu-nos com os cobertores, ficamos assistindo os programas matinais por alguns minutos até que você me abraçou forte e disse:
_ “Você me promete uma coisa?”
Estranhei o seu tom sério ao me dizer isso, e sem entender muito bem respondi:
_ “Sim, mas o que é?”
Pude notar um doloroso sorriso se formar em seus lábios quando disse-me:
_ “Quero que me prometa que verá o nascer do sol sem mim amanhã, se fizer isso, vou te amar para todo o sempre.”
Já havia anos que não passava um único dia sem ver o nascer do sol sem você, não podia lhe prometer isso, mas ao ver seu olhar no meu, decidi que podia passar um dia sem vê-lo com você, talvez você não quisesse acordar amanhã cedo, talvez estivesse cansado disso, talvez odiasse dividir esse tempo comigo, um turbilhão de pensamentos invadia minha cabeça, quase chorando respondi:
_ “Como quiser, eu prometo.”
Seu olhar estava vazio, você não me fitou mais nos olhos o dia todo, mas não saiu do meu lado por um minuto sequer, a casa ficou tão silenciosa, não trocamos mais nem uma palavra, você só foi falar comigo na hora em que fomos dormir, quando estava quase pegando no sono, você me abraçou demoradamente e disse que me amava, não estranhei muito esse seu gesto, pois todos os dias não dormíamos enquanto não falávamos que nos amávamos, mas uma coisa me intrigou, quando fui dar-lhe um beijo de boa noite, notei que lagrimas molhavam seu rosto, não tinha certeza, pois estava escuro, após dizer que te amava, peguei no sono.
No dia seguinte, achei estranho você ainda estar dormindo quando acordei, mas cumpri minha promessa, me levantei, não tentei te acordar e nem falei com você, peguei minha xícara de chá, e um cobertor, sentei-me no banco e assisti o nascer do sol como prometi, após um tempo, voltei para dentro, guardei as coisas e resolvi chamá-lo para o café da manha, entrei no quarto, você ainda estava deitado, coisa que era muito atormentadora, pois você sempre se levantava muito antes de mim.
Sentei-me do seu lado e chamei seu nome varias vezes, você parecia não me ouvir, chamei teu nome mais alto, varias e varias vezes, quando me dei conta já estava te sacudindo desesperadamente, você não se mexia, não abria os olhos, milhares de lagrimas escorriam pela minha face, eu precisava ver seus olhos abertos, eu precisava ouvir sua voz...
Eu já estava soluçando quando vi um pequeno bilhete entre seus dedos, nele estava escrito meu nome, ao abri-lo senti meu mundo desabar, a cada palavra que lia eu tremia mais, sentia como se meu coração estivesse se despedaçando, no bilhete podia-se ler :
“ Nunca quis esconder nada de você, mas jamais quis te ver sofrer aos poucos, por isso quando me casei com você, decidi largar o tratamento ao qual era submetido, decidi viver intensamente meus últimos momentos ao seu lado, vivi mais do que as expectativas do medico, não podia contar-lhe isso, foi covardia de minha parte, mas creio eu que assim foi melhor para você, e parabéns meu amor, você cumpriu sua promessa, viu o sol nascer sem mim, agora creio que consiga vê-lo todos os dias de sua vida sem que eu esteja ao seu lado... Eu te amo e te amarei para sempre.”
_ “Sim, mas o que é?”
Pude notar um doloroso sorriso se formar em seus lábios quando disse-me:
_ “Quero que me prometa que verá o nascer do sol sem mim amanhã, se fizer isso, vou te amar para todo o sempre.”
Já havia anos que não passava um único dia sem ver o nascer do sol sem você, não podia lhe prometer isso, mas ao ver seu olhar no meu, decidi que podia passar um dia sem vê-lo com você, talvez você não quisesse acordar amanhã cedo, talvez estivesse cansado disso, talvez odiasse dividir esse tempo comigo, um turbilhão de pensamentos invadia minha cabeça, quase chorando respondi:
_ “Como quiser, eu prometo.”
Seu olhar estava vazio, você não me fitou mais nos olhos o dia todo, mas não saiu do meu lado por um minuto sequer, a casa ficou tão silenciosa, não trocamos mais nem uma palavra, você só foi falar comigo na hora em que fomos dormir, quando estava quase pegando no sono, você me abraçou demoradamente e disse que me amava, não estranhei muito esse seu gesto, pois todos os dias não dormíamos enquanto não falávamos que nos amávamos, mas uma coisa me intrigou, quando fui dar-lhe um beijo de boa noite, notei que lagrimas molhavam seu rosto, não tinha certeza, pois estava escuro, após dizer que te amava, peguei no sono.
No dia seguinte, achei estranho você ainda estar dormindo quando acordei, mas cumpri minha promessa, me levantei, não tentei te acordar e nem falei com você, peguei minha xícara de chá, e um cobertor, sentei-me no banco e assisti o nascer do sol como prometi, após um tempo, voltei para dentro, guardei as coisas e resolvi chamá-lo para o café da manha, entrei no quarto, você ainda estava deitado, coisa que era muito atormentadora, pois você sempre se levantava muito antes de mim.
Sentei-me do seu lado e chamei seu nome varias vezes, você parecia não me ouvir, chamei teu nome mais alto, varias e varias vezes, quando me dei conta já estava te sacudindo desesperadamente, você não se mexia, não abria os olhos, milhares de lagrimas escorriam pela minha face, eu precisava ver seus olhos abertos, eu precisava ouvir sua voz...
Eu já estava soluçando quando vi um pequeno bilhete entre seus dedos, nele estava escrito meu nome, ao abri-lo senti meu mundo desabar, a cada palavra que lia eu tremia mais, sentia como se meu coração estivesse se despedaçando, no bilhete podia-se ler :
“ Nunca quis esconder nada de você, mas jamais quis te ver sofrer aos poucos, por isso quando me casei com você, decidi largar o tratamento ao qual era submetido, decidi viver intensamente meus últimos momentos ao seu lado, vivi mais do que as expectativas do medico, não podia contar-lhe isso, foi covardia de minha parte, mas creio eu que assim foi melhor para você, e parabéns meu amor, você cumpriu sua promessa, viu o sol nascer sem mim, agora creio que consiga vê-lo todos os dias de sua vida sem que eu esteja ao seu lado... Eu te amo e te amarei para sempre.”
Postado por: Tamyres Pfeifer
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