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sábado, 26 de março de 2011

~ You are never alone


~
Você vai ficar anciosa quando faltar apenas meia hora para uma festa.
Você vai ignorar quando ralar o seu braço.
Vai chorar quando as pessoas que você mais ama te magoam.
Vai rir de boba quando te disserem coisas fofas.
Vai ser desleixada e normal, só na frente de suas amigas.
Vai escutar constantemente uma música, que possa lembrar de alguem.
Vai abrir meio sorrisos para pessoas que não gosta, só por educação.
Vai falar baixinho quando estiver envergonhada.
Você vai lembrar de cenas que aconteram em vários momentos da sua vida.
Vai rir de micos que pagou á anos atrás...
Vai ficar triste, algum dia desses, sem algum motivo.
Vai sentir falta da sua infância.
Vai sonhar com o seu futuro.
Vai achar, em algum momento da sua vida, que você está sozinha. Mas você nunca está.

Postado por : Leticia Borges

sexta-feira, 25 de março de 2011

~ Ame-a


Será que há alguem que ame
uma garota atrapalhada, que
fica vermelha quando faz algo errado,
que sempre morde seus lábios quando está confusa.
Será que há alguem que ame uma garota que tenta ser vaidosa, que sempre é criançinha
apesar de sua idade, que sempre chora quando algo lhe incomoda.
Será que há alguem que ame uma garota que ri de nervoso, que conta piadas sem graças para tentar te fazer rir,
que vive comendo porcaria e guloseimas?
E se essa garota simplesmente odiar funk, pagode e sertanejo? E se ela simplesmente prefere ouvir música quando está triste 
ao invés de contar para as amigas? E se ela for ciumenta? timída ? imprevisivel? 
E... se ela estiver te amando?

Postado por: Leticia Borges

~ Lonely road



















      Source: Chobits

Masquerade - pt 14

    
                                                     Parte 14
                                         


– Mas... – Matt parecia surpreso.
– Eu disse!
Matt não reconhecia quem era. Era muito bonita, mas tampava sua cabeça com cabelo loiro. Matt se aproximou e tirou o cabelo.
– Jeremy. Eu vou te matar.
– O que?
– Essa é a Holly! Seu...
– Quem é Holly? Sua namorada?
– É minha amiga de infância. Agora saia daqui. Preciso acordá-la.
Jeremy desceu resmungando.
– Holly... – Matt tentava acorda-la – Holly acorda...
– Ah? – Holly deu um bocejo alto e então abriu os olhos – Matt o que faz aqui?
– Eu que te pergunto. Está na minha casa. Sabia?
– Serio? – Holly se assustou – Como eu vim parar aqui?
– Não sei. Você é sonâmbula?
– Não...
– Então... Acho melhor você descer, tomar café e depois eu te acompanho até em casa – Matt sorriu.
– Obrigada.
A mãe de Matt ficou assustada, ao ver que Jeremy estava certo.
– Holly? – É engraçado, mas a mãe de Matt se lembra perfeitamente do rosto de Holly.
– Você cresceu bastante – Disse o pai de Matt.
– O que? Vocês conhecem essa garota? – Jeremy pareceu surpreso.
– É uma antiga amiga de Matt – A mãe sorriu – Talvez, a mais importante.
 Você se lembra de mim?
– Sim. Seu nome é... Abby, certo?
– Sim. E o nome dele? – Abby apontava para o pai de Matt.
– Esse é fácil – Holly sorriu – É o mesmo nome de Matt. Mas todo mundo o chama de Mattheus.
– Há quanto tempo – Abby sorriu – O que lhe traz de volta aqui?
– Minha irmã recebeu uma oferta de emprego.
– Ah, isso é ótimo. Tomara que fiquem por muito tempo.
– Holly, não vai comer? – Disse Matt.
Holly ficou sem jeito, mas aceitou o convite. Sentou-se junto a Abby e Mattheus, logo com Matt ao seu lado e comeram. Abby terminou primeiro e dirigiu-se á pia, para lavar a louça.
‘’Como nos velhos tempos. Matt deve estar muito feliz’’, pensou Abby.
– Que máscara é essa? – Perguntou Jeremy.
Holly havia se esquecido totalmente que estava de máscara. Sentiu-se incomodada, por ninguém ter notado antes.
– Ah, é um presente. Nem sei porque estou usando isso – Disse tentando desamarrar a máscara – Matt pode me ajudar com isso?
– Claro.
– Esse nó cego... Está difícil de tirar. – Disse Matt
– Deixe-me tentar – Disse Abby tomando o lugar de Matt.
Abby depois de algum tempo conseguiu tirar. Tinha as unhas compridas e era habilidosa com as mãos.
– Obrigada – Disse Holly sem jeito.
– Que nada.
Holly ficou fitando a máscara por algum tempo.
‘’ Eu jurava que essa máscara era mais escura... ’’, pensou Holly.
– Preciso voltar para casa...
– Vou levar Holly e depois eu volto – Disse Matt fechando a porta.

Postado por : Leticia Borges

~ Amanhã...






Há um novo dia te esperando, você pode simplesmente acordar , abrir um enorme e sincero sorriso
  e largar seus problemas no cochão.
  Quando lágrimas de decepção escorrerem por suas palpebras, nunca se esqueça, que você não é a única com problemas, e que você
  não é a pessoa que está mais sofrendo neste momento. Se não há solução agora, amanhã havera, se não há amanhã , depois de amanhã haverá,
  e se mesmo depois de tanto tempo você não encontrar essa solução é porque a recompensa deste desafio pode ser maior do que você esperava.
  Acredite, os dias não são só para se resolver problemas. São para dar continuidade a sua vida.
  Há pessoas que anseiam muito pelo seu sorriso, que querem te fazer feliz, pelo menos um minuto desse dia. Usar uma máscara para disfarçar, 
  não adianta de nada. Todos percebem , porque todos usam a mesma máscara, todos abrem sorrisos mórbidos.
  Você pode sentir aquela vaga desesperança percorrer pelo seu pensamento enquanto se diverte, a solidão cobra muito de você, mas bata a porta
  na cara dela, Porque hoje e sempre será seu dia, enquanto essa for a sua vida.


Postado por: Leticia Borges

quinta-feira, 24 de março de 2011

Masquerade - pt 13



                                               Parte 13


– Ah, que soninho bom... – Disse uma voz.
Holly dormiu perfeitamente bem, mesmo que um sonho tenha atrapalhado, ela se sentia descansada.
O garoto se estremeceu, e viu que tocou em algo. Sem abrir os olhos começou apalpar. Tocou na barriga de depois subiu, quando o garoto abriu os olhos gritou e saiu dali.
– Tem uma garota na minha cama! – Gritou para seus pais que estavam tomando café.
– Não seja idiota, você devia estar sonhando.
– Eu to falando serio! Venha ver.
– Vá subir Matt – Disse a mãe.
– Mas eu não terminei...
– Vá logo – Concordou o pai – Depois você volta.
Matt saiu da mesa e andou em direção a escada com a intenção de quebrar o piso. Estava furioso.
– Jeremy, se eu ver que não há nada lá. Se considere morto.
– Vai se decepcionar, irmão. Apesar de tudo... Era uma garota bem bonita.
– Mais um de seus sonhos.
– E eu peguei no peito dela – Disse com malicia.
– Que conquista.
Jeremy era totalmente diferente de Matt. Tinha apenas dez anos, mas já pensava em garotas. Jeremy era branco, olhos verdes, cabelo castanho claro e
era atentado.
 Os dois já estavam perto da porta do quarto de Jeremy. Antes de abrir, Matt fez questão de importunar o irmão.
– Abre logo isso!
– Estou com medo de encontrar uma garota papão – E então abriu a porta.


 Postado por: Leticia Borges

quarta-feira, 23 de março de 2011

~ Lovely pets


Uma vez, quando era mais pequena, uns cinco anos, queria um cãozinho, minha mãe 
não quis deixar, disse que dava muito trabalho e que eu jamais daria conta de cuidar dele.
''Mas mãe não é como cuidar de um bicho virtual ?''
''Não, bichinhos virtuais são brinquedos, animais são seres vivos''.
Algum tempo depois, quatro anos atrás , minha avó adotou uma cadela, e a chamou de Pitty.
Eu adorava ela, ainda era muito pequenininha, era a cadela mais dócil que eu já vi (morro de medo de
cachorros, que latem e mordem), ela foi muito bem cuidada por minha avó.
Depois disso, minha avó quis dá-la, porque não tinha condições de cuidá-la, minha avó havia adoecido
e não havia outros conhecidos que pudessem ficar com ela.
Meus pais, moram á 500 KM de distância da capital, e minha irmã caçula fez de tudo para trazê-la 
conosco. Foi uma viagem difícil, cansativa, e eu sei que Pitty sofreu muito mais do que todos nós
nessa viagem, mas quando chegou foi acostumando á nova familia, e continuando a mesma cadela
carinhosa de sempre.
Cachorro é cachorro, mas é ser vivo, não importa se ele precisa de menos cuidados que um humano.
O que importa que ele precisa de cuidados, precisa de carinho. Porque ele sempre é fiel a seu dono, mesmo 
que ele não mereça.
Então antes de menosprezar um cachorro, gato, periquito, papagaio,  olhe para eles 
e se pergunte, esses animalzinhos vivem só de comida e agua, ou precisam de um certo carinho? 
Você precisa de carinho?



     Postado por : Leticia Borges

Masquerade - pt 12



                                                       Parte 12



Perto de casa, Holly sentiu seus olhos arderem. Estava com uma forte dor de cabeça, talvez deveria tomar uns dois comprimidos para melhorar...
– Chegamos – Disse batendo a porta de leve para não fazer muito barulho.
Mas o esforço não valeu a pena. Kate soltou gritos de alegria ao ver Julliet ali.
– Por favor. Fale baixo. Estou com muita dor de cabeça.
– Não vai almoçar?
– Eu só quero dormir mais tarde eu desço para almoçar.
– O que é isso na sua mão?
– Uma máscara.
– Você comprou?
– Ganhei da nova amiga da Julliet.
– Parece uma máscara bem bonita.
– É – Disse Holly , que já estava no andar de cima.
– Holly , sua cama já está montada... O montador passou aqui hoje pra montar  os móveis do seu quarto.
– Obrigada.
Holly entrou no novo quarto sem notar nada que havia nele.
‘’Cama , eu só quero uma cama agora...’’, pensou.



                                     

Holly se perdeu totalmente em seu sono. Não era acostumada a sonhar.
Mas desta vez sonhou...
Estava tudo escuro, só se viam estrelas. Podia sentir o vento no cabelo louro.
Ela corria rápido, sem hesitar, não sabia aonde era seu destino, mas corria por instinto. Holly notou que havia passado pelo parquinho.
Mesmo sabendo que estava escuro, quando passou por lá teve um calafrio.
Ela tinha um sorriso caloroso, nunca havia sorrido assim antes...
E isso era de assustar.
Depois quando viu o chão, viu que estava correndo sobre tetos, de casas idênticas a de sua cidade.  É só um sonho. Era o que Holly esperava.

Postado por: Leticia Borges

sábado, 19 de março de 2011

Masquerade - pt 11



                                               - Parte 11 -



‘’ Vou para o parquinho. Não há nenhum velho surdo lá. Que eu saiba.’’ Pensou Holly. Estava cansada de andar, mas não iria voltar para casa enquanto estivesse com Julliet ao seu lado. Kate não permitiria de jeito nenhum que Holly entrasse por aquela porta sem Julliet.
Ao chegar, Holly foi tomada por uma onda de alivio. Julliet estava ali, junto com mais uma garota. Estavam contentes, brincando na única coisa que havia para brincar, concluiu Holly.
– Julliet! Você me deixou muito preocupada!
– Quem é? – Uma garotinha ruiva com sardas observava a preocupação de Holly.
– Minha irmã – Julliet sorriu, e se empolgou ao lembrar do que queria contar a Holly á algumas horas – Mana, eu achei! Achei a máscara.
– O que? Você está com ela?
– Aqui – A garota ruiva com sardas entregou a máscara – Ela é sua, não é?
– Como assim?
– Alguns dias atrás, eu achei essa máscara aqui no parquinho. Eu levei pra casa. Mas depois eu tive um sonho. E nele você estava usando a máscara...
Holly olhou incrédula para Julliet.
‘’ Que merda você pôs na cabeça dessa garota?’’ , pensou Holly.
Holly passou a olhar atenciosamente a máscara. Era muito bonita. Como se fosse uma máscara valiosa com diamantes, ou alguma outra pedra valiosa...
– Posso ver você com a máscara? – Perguntou a garota
– Ah... Tudo bem – Disse Holly timidamente, botando a máscara.
– É a mesma pessoa do meu sonho!
– Não podemos levar essa máscara? – Perguntou Julliet.
– Não sei. Não é nossa.
– É sua. Eu tenho certeza.
– Ela é sua , você achou.
– Não é mais, eu estou te dando – A menina sorriu – Você fica mais linda com ela.
– Obrigada – disse Holly – Temos que ir Julliet.
– Vou te ver amanhã?
– Sim, de tarde ou de manhã?
– De tarde – Disse Holly – Eu mesma vou trazê-la.
– Adeus.
– Adeus.

~ Mindless Love











Meus pensamentos andam tão confusos ultimamente às vezes penso que deveria tentar recomeçar, mais ai eu penso que isso vai ser tão complicado só pelo fato das coisas que estão acontecendo ,outra hora acho que é estranho e que tem alguma coisa, uma pequena esperança que implora para que eu tente, outra hora acho que não vale à pena. Minha vida está tão confusa, eu sinto um vazio tão grande , e o pior
é que eu sei quem pode mudar isso, mas não sei o que fazer, eles dizem coisas que me fazem pensar, mas nunca sai de pensamentos, não é medo como alguns dizem acho que é insegurança de um dia acabar e se encerrar ali ,algo que poderia durar pelo resto da vida. Você é tão tolo; de não conseguir ver o que está estampado em minha cara,
de não enxergar o quanto eu quero você. Mesmo odiando seu jeito de falar, seu modo de pensar e sua maneira de agir, eu preciso estupidamente de você ao meu lado. Porque cada palavra sua, por mais que insignificante, consegue mover algo dentro de mim.

É difícil de explicar o porque disso tudo, se nem ao menos você fez algo para que meu coração disparasse desse jeito. Sei que para você nada disso importa, são só coisas que você não precisa saber, porque sei que não fará a mínima diferença. Mas é tão complicado guardar tudo isso dentro de mim, é tão ruim imaginar que nunca poderei me confortar com a certeza de que você sente por mim o mesmo que
eu sinto por você. Quem sabe um dia você acorde desse seu mundo fantasioso, de brincadeiras ridículas, de pensamentos infantis, e possa, enfim, perceber que eu estive esse tempo todo aqui, querendo você perto de mim.



Postado por : Allanis Borges

sexta-feira, 18 de março de 2011

~ The most coveted dream







~




Eu fiz uma escolha. Decidi seguir os conselhos do meu coração contra a vontade de qualquer opinião alheia, ignorei de forma brusca os conselhos de meus familiares e me dediquei ao máximo em minha relação. 


Primeiramente, sou Abby. Sou uma pessoa com uma aparência sem graça, sem nenhuma atração direta, mas não digo isso por dizer, lhe digo, porque meu primeiro e único namorado, 
é o cara que estava me esperando na igreja para um casamento com direito á comunhão de bens.


O meu primeiro casamento, em resumo foi o melhor dia, foi o dia que me senti importante, foi o meu dia. Mas foi só um dia, não uma vida (de felicidade).
Acontece que em suas escolhas, seguir a risca com o coração, não é a melhor maneira, 
o amor não é cego, mas o coração não possui olhos. 
E só porque eu me sentia isolada, pensei que se não fosse aquele homem não seria mais nenhum...


Demorei demais a fazer essa descoberta, enquanto eu tratava Mike como meu porto seguro de todos os males desse mundo, mal sabia que ele alimentava meu medo, que ele abria portas para o suplício. 
Mesmo sabendo disso, ainda me sentia derrotada, sem forças, depois de tanto tempo, imaginar Mike em outro lugar seria loucura. 
'' Parece impossível, depois de anos juntos, imaginarmos sós. O tempo teria parado, ou eu adormeci e acordei com o pesadelo de estarmos juntos á três anos?''
Talvez, eu pense que não haja mais concerto para este erro. Isso realmente não importa, estava fragilisada desde que nasci, Mike não é nada comparado a todos os anos de minha vida.


Eu só temo que isso aconteça, com mulheres como eu, que se sentem frágeis como copos de vinho, e que se agarra no primeiro cara que lhe der uma chance. Eu só temo que antes disso
elas tenham sonhos  de casar com alguém que ame e que amará por muito tempo, e depois disso descubram que aquilo não era sonho, era desespero.
Querida amiga, dou um sincero conselho, não tenha pressa com os seus sonhos, eles não vão fugir do seu coração.


Postado por : Leticia Borges

quinta-feira, 17 de março de 2011

Masquerade - pt 10




                                     -  Parte 10  -


Depois de cair no sono Holly só acordou, com o grito histérico de Kate.
– Que forma de acordar...
– Holly, cadê a Julliet?
Holly bocejou e depois olhou pelos lados procurando a menininha.
– Ela não está dormindo lá em cima?
– Não. Não está aqui, nem no banheiro ou quarto ou cozinha ou quintal. Julliet não está aqui!
– Oh meu Deus...
– Você é muito idiota! Como deixa ela sumir?
– Eu estava dormindo!
– O que a gente faz? – Kate estava desesperada.
– Deixa eu me arrumar, daí eu procuro ela...
– Acha que tem tempo? Nossa irmã deve estar perdida!
Holly se levantou num pulo, já tirando o pijama, e correndo para escada.
Vestiu-se rapidamente e saiu de casa atrás de Julliet.
‘’ Mas porque ela sairia? Só quem tem motivos para sair de casa sou eu!’’ , pensou Holly.
Ela nem sabia por onde começar a busca. Havia muitos lugares, mesmo a cidade não sendo grande. Mas vieram alguns lugares mais prováveis.
‘’ Posso procurar naquele mercado que costumamos ir, ou na minha escola, ou no parquinho. Talvez o hospital... ’’, Holly sentiu pavor ao imaginar Julliet em um hospital.
Holly optou por ir à escola.
Era apavorante para quem tivesse que ficar presente na escola em sábados.
Holly entrou na recepção procurando pela recepcionista, Josey.
Ela era jovem, tinha cara de estudante. Era formosa e diferente, tinha olhos grandes, pele morena e cabelos ondulados, bem comportados.
– Holly, o que lhe traz a escola? – Disse docilmente.
– Queria saber se minha irmã está aqui.
– A pequena?
– Sim.
– Não. Não a vi andando por aqui. Mas se quiser ter certeza é melhor falar com algum inspetor. Eles vivem zanzando pela escola.
– Ah sim. Obrigada.
– De nada.

Holly viu que não havia outra escolha, tinha que perguntar ao inspetor sobre sua irmã. Ela iria perder muito tempo procurando.
A escola apesar de grande, tinha apenas três inspetores, que passavam de sala em sala vigiando as atividades escolares.
Mas hoje havia apenas um. Era o mesmo inspetor de quando estudava aqui.
Um velho carrancudo, grosso, com problemas de audição e extremamente feio.
– Com licença... Você viu alguma menininha de cinco anos andando por aqui?
– O que?
Holly repetiu a frase aumentando um pouco a voz.
– Você é muda? Só pode, não estou escutando nada!
Com raiva Holly soltou as palavras misturadas em um rosnado.
– Eu disse. O senhor viu alguma menina de cinco anos aqui!?
– Não tem nenhuma meia suja aqui. E se tivesse estaria no lixo.
– Velho burro, nojento e surdo!
– Quem você pensa que é pra me xingar?
– Isso você escuta, não é?  – Holly deu de costas e resolveu sair da escola, definitivamente Julliet não estava naquela droga de escola.

Postado por : Leticia Borges

quarta-feira, 16 de março de 2011

Tricky






Existem perguntas que eu daria tudo para encontrar as respostas.
                    Porque elas me valem muito, preciso desvendar os mistérios que guarda
                    o meu passado, os mistérios que cercam em cada relação destruída.
                    Por que, por que , por que , todos dizem a mesma coisa , e todos comentem os 
                    mesmos erros, porque?
                    Todos dizem que procuram desesperadamente pelo amor, mas se tem tantas    
                     pessoas que procuram, por que as que acham, desvalorizam ,  e trata tudo isso
                    como se fosse nada mais que um relacionamento passageiro com alguém.
                    A simples verdade é que algumas pessoas não procuram amor. Procuram paixões, 
                    talvez elas saibam disso, talvez não. Mas não é tão difícil descobrir isso.
                    Basta notar se ele ou ela olha para outras pessoas além daquela que está junto...


                    Postado por : Leticia Borges

segunda-feira, 14 de março de 2011

Masquerade - pt 9

                      

                        - Parte 9 -



Julliet fechou os olhos, com lágrimas presas em seus cílios, apertava forte no pijama da irmã. Então ouviu um rosnado e nada mais.
– Quer mesmo que eu mate um corvo pra você dormir em paz?
Quando viu a expressão de Holly, lagrimas saíram dos olhos de Julliet.
– Me... Desculpa...
– Não. Não fica assim... – Holly se sentiu arrependida. Não deveria estar com raiva de Julliet só porque ela estava com medo.
Holly fechou as cortinas. Houve uma pausa longa no ronco de Kate.
– O que significa isso? – Kate olhava furiosamente para Holly – Como ousa apontar uma faca para nossa irmã, está louca?
– Não é isso. Julliet estava com medo.
– Só se for de você.
– Ela me disse que tinha algo naquela arvore, que estava espiando vocês duas.
– Holly tem certeza que você tem dezessete anos?
– O que? – Holly perguntava com a mesma raiva que perguntou a Julliet sobre os corvos.
‘’ Desculpe se eu acreditei em uma menina de cinco anos, mas ela é mais confiável do que você, ou será que você esqueceu do dia da lixeira queimada?’’
Holly tinha pouco mais de onze anos, quando Helena deixou ela e Kate sozinhas em casa.  Kate já tinha idade o suficiente para cozinhar e tomar conta da irmã.  E o descuido de Kate na cozinha resultou em parte da cozinha pegando fogo. Foi por muita sorte que não pegou fogo na casa inteira, a vizinha cuidou de tudo. Entrou na casa, procurou por uma mangueira e parou o fogo que tomava conta em parte da cozinha.  Ficamos gratos a ela.
Carla tinha pouco mais que trinta e dois anos, mas mantinha uma bela aparência, uma casa e um carro de dar inveja. Mas ela era solteira, não tinha filhos e não queria ter, mesmo gostando de crianças. Ela era extremamente cuidadosa com o jardim, com a casa, e cozinhava divinamente bem, toda semana aparecia com um tipo de bolo diferente. Ela mudou antes de nós, disse que se tinha a liberdade de viver aonde queria, iria escolher um lugar que era a sua cara, e esse lugar era a Itália.
– Holly, pode, por favor, guardar essa faca?
– Já estou descendo. Agora você pode dormir em paz, não pode Julliet?
Julliet assentiu e se acomodou na cama junto a Kate.
– Boa noite.
– Boa noite.

Postado por : Leticia Borges

domingo, 13 de março de 2011

Masquerade - pt 8



                                                              - Parte 8 -


Holly decidiu que iria enfrentar o desconforto do sofá novamente, para amenizar o mau humor de Kate. Estava tarde, e hoje parecia mais frio do que o costume, Holly fez um chocolate quente e se acomodou no sofá vendo um filme de terror. E ela não era uma pessoa tão fácil de assustar, Holly adorava um filme que envolvia crimes, principalmente aqueles impossível de se descobrir, ela sabia que não era tão esperta quando Kate e Julliet, mas sabia que o mistério que corria no enredo desses filmes, a deixava encantada.
O vento soava forte, batia contra o vidro e fazia um zunido forte, quando Holly
dá uma pausa ao filme para lanchar, ouve um ruído.
‘’ Alguém sapateando por ai? ‘‘, pensou Holly, que parecia mais atenta ao barulho, pegando a faca, ela se esconde de baixo da mesa e observa a sala escura.  Depois ela sente uma mão fria tocando seus ombros.
– Está brincando de esconde-esconde? Posso brincar?
– Julliet! – Holly respirou fundo e soltou o ar, estava aliviada – O que faz acordada uma hora dessas? E o que era esse barulho de sapato?
– Eu fiquei com medo de algo, e desci. E peguei o sapato de Kate porque estava perto da cama.
– Estava com medo de pisar em algum bicho? – Holly sorriu.
– Sim. Posso ficar acordada com você?
– Mas Julliet, por que estava com medo? Teve um pesadelo?
– Não.
– O que era então?
– Eu ouvi um barulho...
– Que barulho?
– De galhos sendo quebrados.
– Galhos? Mas você viu o que era?
– Não, eu só desci.
Holly sentiu a insegurança se espalhar pelas veias, ela tinha sérios motivos para confiar nas previsões de Julliet. Quando Julliet tinha uns três anos, estava brincando no quintal, com alguns brinquedinhos descartáveis, só que depois de pouco tempo ela enjoou dos brinquedos e ficou parada, apenas observando o
cãozinho, Shyim. Um nome bem estranho, mas esse era o melhor nome, porque era mais fácil para Julliet pronunciar ‘’sim‘‘, enquanto ao resto da família, a pronuncia do nome era ‘’Shim’’.
Depois de alguns minutos observando o cão Julliet percebeu que havia algo errado, que ele mal conseguia respirar.
Lembro-me muito bem, quando encontramos Julliet , ela estava parada, chorava e apontava para o cão , ela dizia , ‘’ Sim , sim , sim.  Sem vida‘’.   Julliet não sabia praticamente nenhuma palavra, mas sempre escutava a palavra ‘’vida’’.
Mas ninguém nunca acreditaria que uma criança tão ingênua quanto Julliet suspeitava de que o cãozinho estava morto, porque não mexia nenhuma parte do corpo, e nem respirava.
Holly sentiu um vento gelado soprar em sua face, e logo viu que a janela estava aberta.
– Quem deixou essa janela aberta? – Disse irritada.
– Eu não sei.
– Acho melhor você subir.
– Mas eu estou com medo...
– Kate está lá em cima, o que pode acontecer?
– Você não acredita em mim?
– O que você me disse Julliet? Só me disse que ouviu galhos quebrarem.
– Isso.
– Só isso?
– Eu não fui ver porque estava com medo...
– Quer que eu veja?
– Sim.
Holly virou-se e pegou a faca que estava largada em cima da bancada, e se aproximou da escada.
– Por que vai levar uma faca?
– Eu não disse que eu acredito em você? Se for mesmo algo, tenho que me prevenir.
Julliet assentiu e subiu junto com Holly.
Abriram devagar a porta, e depararam com Kate roncando alto.
‘’ Isso que é saúde!’’, pensou Holly.
Holly se aproximou da janela, hesitando em puxar as cortinas.
‘’ Por favor, Julliet esteja errada, pelo menos uma vez. ’’, pensou Holly.
Julliet puxava a o pijama de Holly, estava com medo, e preferia não tentar.
‘’ Um, dois, três’’, e puxou a cortina.

Postado por : Leticia Borges

Masquerade - pt 7


           - Parte 7  -


Kate ainda estava pensando com quem deixaria Julliet , quando fosse voltar a trabalhar.
Julliet era muito nova para entrar na escola , e mesmo Holly estando disponível a tarde , Kate sabia
que não podia confiar nos cuidados maternos de Holly , porque ela não tem nenhum.
Já era quase a hora do almoço e Kate ainda não havia pensado no que iria preparar.
'' Ah , um espaguete está ótimo'' , pensou ela.
Ela escolheu a primeira idéia que lhe veio a cabeça.
Alguns minutos depois Holly voltou , jogou o material em cima da mesa , largou as meias perto da porta e se acomodou no sofá.
- Bem vinda de volta ao lar - Disse Kate.
- Você parece mais animada , tem alguma novidade?
- Não , apenas amanheci com bom humor , foi a cama.
- Foi a cama - Concordou Holly.
- Cadê a Ju ? - Perguntou Holly.
- Ela ta lá em cima , hoje ela disse que queria tomar banho sozinha.
- Julliet está crescendo - Holly sorriu.
- Está , mas ela ainda tem 5 anos e ainda é como uma filha pra mim.
- Devo admitir que você é uma ótima mãe para Julliet.
- Obrigada - Kate sorriu - O almoço está pronto.
- Julliet pode descer! - Gritou Holly - A mamãe Kate preparou uma comida gostosa pra você!
- A mamãe? - Julliet estava confusa - Ela tá aqui?
- Holly! - Kate parecia enfurecida - Você é louca?
- Mas...
- Não querida, Holly estava apenas brincando... – Disse Kate á Julliet.
- Mas quando a mamãe volta? – Perguntou Julliet, que estava com o brilho nos olhos ao tocar no assunto ‘’ mamãe’’.
Quando Kate havia achado uma resposta aceitável , o telefone toca , impedindo de contar mais uma mentira a pequena Julliet.
- Alô? – Diz de cara ao atender.
- Quem é? – Pergunta Holly curiosa.
- É aquela empresa que instalou a internet e o telefone, eu preciso confirmar os dados, vão comendo.
Holly foi a primeira a tocar na panela, encantada com a cara do espaguete, pegou um prato fundo e se serviu. Depois serviu Julliet e as duas se sentaram a mesa.
- Está com uma cara ótima! – Disse Holly animada.
Julliet ficou em silêncio.
Holly podia notar a preocupação da irmã com a mãe. ‘’ Ela não vai esquecer fácil ‘’, pensou Holly.
- Sabe ...  eu e Kate estávamos pensando em por você na escola. O que acha?
- Escola? Mas eu não sou um pouco nova?
- É, mas você é a menina de cinco anos mais esperta que eu já conheci – Disse Holly com a boca cheia. – Desculpa , mas ta muito bom , por que não toca na comida?
-  Holly mas você é uma tapada mesmo! – Disse Kate ao voltar do telefonema – Por que não cortou o macarrão para Julliet ?
 - Esqueci... Vou cortar agora...
- Não precisa agora eu corto – Disse Kate com toda sua arrogância voltando á tona.
‘’ Se não fosse a sua comida , já estaria fora dessa casa. Você só pode ter um espírito de uma velha de 90 anos. Só sabe reclamar e reclamar e reclamar. ‘’ 

Postado por: Leticia Borges

Queria pedir desculpas, a quem acompanha por atrasar a historia, fiquei sem internet por uns dias, mas já estou de volta.