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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Meeting - pt 32









                          Parte 32 - Smile


                                                              -




[Narração: Guilherme]


- Cara essa já é a terceira vez que eu te chamo , dá pra você acordar? - Disse Thiago.
- Ah tá bom , tá bom. Já acordei, satisfeito ?
- Guilherme o que anda acontecendo com você? Eu preciso de ajuda, sabia que o almoço não se faz sozinho?
- Está tão tarde assim ?
- Está . Agora eu preciso que você me ajude com o almoço.
Eu sai da cama , e deixei ela bagunçada. Estava sem ânimo pra nada.
Enquanto eu cortava pimentão , cebola , tomate , Thiago parecia mais distraido que eu.
- O que aconteceu ? - disse ele - Você anda , preocupado.
- Lembra daquela garota que eu te falei ?
- A Mary ?
- Sim . Eu ia encontrá-la no aniversário da Clarie , mas quando a vi , ela estava saindo , e estava chorando.
- Nossa, o que será que houve com ela?
- Estou tentando ligar pra ela faz três dias.
- Porque não vai na casa dela?
- Não sei. Acho que eu vou hoje , mas espero que eu não encontre o pai dela por lá.
- Então é só terminar o almoço e depois você vai lá.
- É.
- Afinal , ela é a sua namorada? - Ele pareceu surpreso.
- Eu ia pedí-la em namoro na festa da Clarie... 
Me senti mal agora.
- Calma você ainda vai vê-la. Hoje mesmo você resolve tudo.
Ou não.
Quando terminamos , eu fui para o quarto . Peguei o celular e deixei mais uma mensagem.
'' Mary , hoje eu vou ai. Preciso saber o que está acontecendo , estou preocupado. Te amo.''
Acho que foi um erro , eu ter dado todas aquelas cartas pra ela. Não deveria ter feito isso , e se ela leu aquelas cartas antes de ir ao aniversário ?
- Guilherme eu vou sair. Vou deixar a chave na geladeira.
- Vai voltar tarde ?
- Vou. Adeus.




                               ...


A casa parecia vazia. Mas eu tinha certeza que ela estava lá. Então eu toquei a campanhia.
duas , três, quatro vezes e nada.
Então optei por rodear a casa , gritar o nome dela. 
- Mary! Mary , aqui é o Guilherme... Por favor deixa eu entrar.
- Mary.
A impaciência por vê-la me fez tacar uma pedra na janela do quarto dela.
- Mary , deixa eu entrar...
'' Talvez ela não esteja ai  , ou ela não quer te ver.''
Ouvi a janela abrir e finalmente ouvi a voz dela.
- Guilherme, não vá por favor . Eu preciso de você aqui comigo...
Ela saiu da janela. E depois de um tempo , ela abriu a porta.
- Estava com saudades - Disse ela.
- Você é louca? Como faz isso comigo ? Sai chorando , sem me falar o porquê...
- Por favor , você tem que me ouvir.
- Pode falar.
- Eu não quero ficar aqui , vem pro meu quarto.
Quando eu entrei no quarto dela eu percebi , que realmente ela estava o tempo todo aqui. Estava muito bagunçado.
- Eu não sei nem por onde começar - Ela chorava.
Abraçei ela , e podia ver que ela estava tremendo, era algo muito mais serio do que cartas bobas.
- A Clarie , é filha do meu pai.
- O  que?
- E eu sou filha adotiva... - ela chorou mais ainda quando falou isso.
- Como assim? Como você descobriu isso? 
- Ontem na festa , eu li o diário dela. Ela escreveu de todos. Escreveu do meu pai , de mim , de Jhon , de você...
Fiquei em silêncio.
- Eu tô... com nojo da Clarie. Ela é uma idiota, eu sei tudo que ela fez com você e sei tudo que ela falou de mim.
De novo , eu fiquei quieto , eu sabia que ela queria falar.
- Guilherme - Ela chorava - A Clarie ... parece que ela nunca gostou de você , que ela ficou com você por pena.
E terminou porque se sentia presa, ela nunca ligou para os seus sentimentos. 
- Eu não me importo , não mais.
- Porque não ?
- Pra que eu me importar com o que ela fez , Se eu tenho você?
Ela não respondeu. Parecia que nada no momento entrava na mente dela. Ela estava com ódio da prima.
- Você quer ajuda?
- Como pode me ajudar?
- Vou ajudá-la , mas primeiro quero saber uma coisa.
- Que coisa ? - ela perguntou, já limpando as lágrimas.
- Eu queria saber , se você quer namorar comigo.
Ela riu , parecia surpresa, e depois ela olhou pra ela.
 Porque riu? - Eu disse - é serio.
- Já viu meu estado ?
- E dai ? Acho que você não me respondeu.
- Eu te amo.
- É um sim ?
- Sim. Sim . Sim.
- Eu realmente precisava disso. 
E foi assim que vi um lábio pálido abrir-se em um sorriso delicado e feliz.




Postado por: Leticia Borges

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